Mãe. Este nome nos acompanha
por todo a nossa vida. Com a costumeira doçura e zelo sempre inigualáveis,
capazes de enfrentar perigos, carências e necessidades de todo o tipo para
proteger “suas crias”. É exatamente ao escrever este texto que me vem à mente a
figura de uma mãe africana com seu filho ao colo, imagem triste, que nos mostra
o quanto sofre uma mãe por querer sempre o melhor para os seus filhos. Uma
criança esquelética, completamente desfigurada, não diferente de sua
progenitora, que mesmo sem forças continua segurar e buscar um alívio para o
sofrimento e fome de seu filho, por ultimo se possível o seu. Não que seja a
mulher melhor que homem no caso da progenitura, mas a mulher por ser frágil, sensível
e não dada as muitas lutas e trabalhos que exijam a força braçal, no entanto, a
mãe contraria tudo isto ao ter ou ser obrigada a proteger aquele que carregou
em seu ventre por nove meses. Tornasse capaz de abandonar a sensibilidade, a
docilidade para trabalhos nos quais antes recusaria, mas seus filhos precisam,
ela tem de levar o pão de cada dia para seus filhos e filhas. A figura da
mulher sofreu modificações drásticas nos dois últimos séculos. Da submissão aos
pais e maridos, da mulher que só tinha por obrigação cuidar de uma casa, gerar
filhos, de preferência do sexo masculino para que o nome de seu marido se
perpetuasse, de mulheres que na sociedade eram tidas como incapazes quase para
tudo, não fosse os afazeres domésticos, que não possuíam direitos a nada.
Mulheres que já eram
requeridas nas indústrias manufatureiras, mas que sendo necessárias, ainda eram
tidas como não iguais, de força produtora inferior. Que mesmo suporta mais de
14 horas continua de trabalho, ainda precisavam ter outra jornada em seus
lares. Portanto, começam ali, dadas as injustiças e formas brutais de
tratamento, os primeiros levantes que pediam mudanças e respeito à condição de
cada uma delas. Operarias norte americanas foram trancadas dentro dos galpões
onde trabalhavam, morrendo queimadas. Por todo o mundo as mulheres protestavam
para que tivessem o direito a decidirem com seus votos os caminhos de suas
nações. Mulheres começam a frequentar cada vez mais as universidades e em
carreiras das mais diversificadas.
Já na década de 60 queimam
soutiens em público como forma de protesto contra as condições de submissão
ainda existentes. A esta época já estavam em todos os setores produtivos e de
produção do conhecimento. É exatamente esta a mulher que vemos hoje tomar o
controle de países, famílias, indústrias dentre tantas outras coisas as quais
em nossos dias as mulheres desenvolvem. Hora porque fazer esta contraposição
entre gêneros? Muito simples, não fosse a mulher tomar atitudes dignas de
insubordinação, rebelando se contra toda e qualquer forma de violência contra
ela cometida, ainda estaria sob o jugo familiar, social e da justiça a que
vigorou até o século XIX e início do século XX. Creio Eu até mesmo que o dia
internacional da mulher e o dia das mães deveriam ter comemorações únicas,
possibilitando que os seus filhos (as) e a sociedade a visse como mulher/mãe ou
mãe/mulher, pois uma é a mesma que a outra, não no sentido de diminuir, mas de
tornar as comemorações mais amplas e visíveis a todos.
Mãe mulher, mulher mãe, teu
nome, ou melhor, os seus nomes deveriam começar por um nome que levassem todos,
a saber, que ali está um ser humano lutador, desbravador, mas acima de tudo
meigo, dócil e virtuoso. Voltando a mulher africana citada no início. Cada
mulher por mais simples, despreparada para a vida, pois a sociedade ainda
persiste em criar suas filhas para a submissão, tornar-se-á um “bicho” feroz
para defender suas crias, portanto, não é questão de que precisassem lutar por
algo que já era seu, mas contra a ignorância de um mundo que se encontrava
cego, de tal forma, que não era capaz de ver a heroína, defensora e mantenedora
da vida, que por amor enfrentaria um exercito. Ao escrever penso em Maria, a
mãe de nosso Senhor Jesus Cristo. Vendo aquele que em seu ventre fora gerado,
mesmo sabendo que a ela não pertencia, pois era Ele o próprio Deus, criador
dela mesma, mas em uma situação a parte, teve de nascer como qualquer ser
humano para ser humano como todos, pregado em cruz de suplício, gemendo em
dores, sentia ela as dores daquele que por mais Deus fosse, era um de seus
rebentos.
Desprezou o perigo, os
muitos soldados e clérigos adversários para sentir a dor junto de seu filho.
Assim és tu mulher/mãe ou mãe/mulher, difícil é dar uma definição, ou
simplesmente separar os termos. Mas, somente reconhecer que você mãe é o que de
mais divino podemos visualizar, pois a forma miraculosa como é gerada a vida em
seu útero, como a jovem vida se nutre de ti, se forma em tuas entranhas, de ti
respira até o momento de se romper o elo que a liga ao novo ser. Relutante
deixamos nossa primeira moradia de conforto e segurança, amor e carinhos nos
dado por aquela que antes em suas muitas vaidades nos enganava com uma
fragilidade que nunca mais será vista, pois a mulher frágil ao nascer seu filho,
logo ficará esquecida, para dar lugar a uma outra aguerrida, guerreira e capaz
de feitos que antes nem ela mesmo acreditaria. Tu agora és mãe, mãe é leoa
brava, pronta não a atacar, mas a defender seus filhotes indefesos.
Son palabras realmente encantadoras,y muy ciertas,por que una madre lo es todo para sus hijos.
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