sábado, 12 de maio de 2012

MÃE/MULHER MULHER/MÃE




Mãe. Este nome nos acompanha por todo a nossa vida. Com a costumeira doçura e zelo sempre inigualáveis, capazes de enfrentar perigos, carências e necessidades de todo o tipo para proteger “suas crias”. É exatamente ao escrever este texto que me vem à mente a figura de uma mãe africana com seu filho ao colo, imagem triste, que nos mostra o quanto sofre uma mãe por querer sempre o melhor para os seus filhos. Uma criança esquelética, completamente desfigurada, não diferente de sua progenitora, que mesmo sem forças continua segurar e buscar um alívio para o sofrimento e fome de seu filho, por ultimo se possível o seu. Não que seja a mulher melhor que homem no caso da progenitura, mas a mulher por ser frágil, sensível e não dada as muitas lutas e trabalhos que exijam a força braçal, no entanto, a mãe contraria tudo isto ao ter ou ser obrigada a proteger aquele que carregou em seu ventre por nove meses. Tornasse capaz de abandonar a sensibilidade, a docilidade para trabalhos nos quais antes recusaria, mas seus filhos precisam, ela tem de levar o pão de cada dia para seus filhos e filhas. A figura da mulher sofreu modificações drásticas nos dois últimos séculos. Da submissão aos pais e maridos, da mulher que só tinha por obrigação cuidar de uma casa, gerar filhos, de preferência do sexo masculino para que o nome de seu marido se perpetuasse, de mulheres que na sociedade eram tidas como incapazes quase para tudo, não fosse os afazeres domésticos, que não possuíam direitos a nada. 

Mulheres que já eram requeridas nas indústrias manufatureiras, mas que sendo necessárias, ainda eram tidas como não iguais, de força produtora inferior. Que mesmo suporta mais de 14 horas continua de trabalho, ainda precisavam ter outra jornada em seus lares. Portanto, começam ali, dadas as injustiças e formas brutais de tratamento, os primeiros levantes que pediam mudanças e respeito à condição de cada uma delas. Operarias norte americanas foram trancadas dentro dos galpões onde trabalhavam, morrendo queimadas. Por todo o mundo as mulheres protestavam para que tivessem o direito a decidirem com seus votos os caminhos de suas nações. Mulheres começam a frequentar cada vez mais as universidades e em carreiras das mais diversificadas.

Já na década de 60 queimam soutiens em público como forma de protesto contra as condições de submissão ainda existentes. A esta época já estavam em todos os setores produtivos e de produção do conhecimento. É exatamente esta a mulher que vemos hoje tomar o controle de países, famílias, indústrias dentre tantas outras coisas as quais em nossos dias as mulheres desenvolvem. Hora porque fazer esta contraposição entre gêneros? Muito simples, não fosse a mulher tomar atitudes dignas de insubordinação, rebelando se contra toda e qualquer forma de violência contra ela cometida, ainda estaria sob o jugo familiar, social e da justiça a que vigorou até o século XIX e início do século XX. Creio Eu até mesmo que o dia internacional da mulher e o dia das mães deveriam ter comemorações únicas, possibilitando que os seus filhos (as) e a sociedade a visse como mulher/mãe ou mãe/mulher, pois uma é a mesma que a outra, não no sentido de diminuir, mas de tornar as comemorações mais amplas e visíveis a todos.

Mãe mulher, mulher mãe, teu nome, ou melhor, os seus nomes deveriam começar por um nome que levassem todos, a saber, que ali está um ser humano lutador, desbravador, mas acima de tudo meigo, dócil e virtuoso. Voltando a mulher africana citada no início. Cada mulher por mais simples, despreparada para a vida, pois a sociedade ainda persiste em criar suas filhas para a submissão, tornar-se-á um “bicho” feroz para defender suas crias, portanto, não é questão de que precisassem lutar por algo que já era seu, mas contra a ignorância de um mundo que se encontrava cego, de tal forma, que não era capaz de ver a heroína, defensora e mantenedora da vida, que por amor enfrentaria um exercito. Ao escrever penso em Maria, a mãe de nosso Senhor Jesus Cristo. Vendo aquele que em seu ventre fora gerado, mesmo sabendo que a ela não pertencia, pois era Ele o próprio Deus, criador dela mesma, mas em uma situação a parte, teve de nascer como qualquer ser humano para ser humano como todos, pregado em cruz de suplício, gemendo em dores, sentia ela as dores daquele que por mais Deus fosse, era um de seus rebentos.

Desprezou o perigo, os muitos soldados e clérigos adversários para sentir a dor junto de seu filho. Assim és tu mulher/mãe ou mãe/mulher, difícil é dar uma definição, ou simplesmente separar os termos. Mas, somente reconhecer que você mãe é o que de mais divino podemos visualizar, pois a forma miraculosa como é gerada a vida em seu útero, como a jovem vida se nutre de ti, se forma em tuas entranhas, de ti respira até o momento de se romper o elo que a liga ao novo ser. Relutante deixamos nossa primeira moradia de conforto e segurança, amor e carinhos nos dado por aquela que antes em suas muitas vaidades nos enganava com uma fragilidade que nunca mais será vista, pois a mulher frágil ao nascer seu filho, logo ficará esquecida, para dar lugar a uma outra aguerrida, guerreira e capaz de feitos que antes nem ela mesmo acreditaria. Tu agora és mãe, mãe é leoa brava, pronta não a atacar, mas a defender seus filhotes indefesos.

A você mulher/ mãe, mãe/mulher parabenizo por ser capaz destes atos de bravura e defesa da vida. Feliz dia das mães a todas mulheres.

Um comentário:

  1. Son palabras realmente encantadoras,y muy ciertas,por que una madre lo es todo para sus hijos.

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